De hoje até domingo (27 a 31 de agosto) a feira reúne 65 expositores (galerias, museus e projetos especiais) de 12 estados brasileiros, além de dois representantes internacionais. Após três edições, o evento retirou a palavra “brasileiras” do nome para abrir espaço para artistas latino-americanos. Rodrigo Moura – que atua no MALBA (Buenos Aires), segue como diretor artístico.

Preparamos um guia com informações essenciais para acompanhar a edição.

 

 

Setores especiais:

MIRANTE

Situado no centro da feira, é dedicado a obras de grande escala e perfil institucional. Reúne 18 artistas de diferentes gerações e cujas poéticas refletem a complexa geografia social do Brasil, interrogando nossas identidades, passado e futuro. 

Vale muito para quem quer ver nomes consagrados e obras que se destacam pela relevância histórica e técnica. 

 

 

TRANSE

Com curadoria de Lucas Albuquerque, apresenta trabalhos inéditos de cinco artistas jovens. Os brasileiros Caio Carpinelli (1993), Marina Woisky (1996) e Marlan Cotrim (1993), além da argentina Emilia Estrada (1989) e do português Fernão Cruz (1995). A mostra apresenta obras não figurativas que se distanciam do cânone da abstração moderna.

Vale muito para quem se interessa por experimentações formais e conceituais e quer conhecer artistas em ascensão.

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Como a grande novidade deste ano é a participação de GALERIAS INTERNACIONAIS, não deixe de conhecer os estandes:

 

Xapiri Ground – Cusco, Peru

Casa de cultura que apoia a autonomia e a continuidade dos modos de vida e das tradições dos povos indígenas peruanos. Apresenta obras de Gerardo Persaín Sharup, artista descendente dos Wampís.

 

 

Isla Flotante – Buenos Aires, Argentina

Projeto que trabalha com artistas jovens e comprometidos com uma agenda de autocrítica das estratégias de legitimação, poder e circulação do mundo da arte. Apresenta uma interseção entre o trabalho da artista portenha Rosário Zorraquín (1984) e a obra de Mira Schendel (1919-1988).

 

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O propósito da SP-Rotas é expandir a visibilidade da arte brasileira em toda sua diversidade. Então, programa-se para visitar as GALERIAS FORA DO EIXO SUDESTINO.  

 

Lima Galeria – São Luís, MA 

Acompanha o trabalho de artistas contemporâneos do Maranhão, Piauí e Pará. Apresenta o projeto “Tramando Histórias” com obras de nomes como Silvana Mendes e Thiago Martins de Melo. Os artistas dão novos significados a técnicas do fazer manual (como bordado, crochê, costura, colagem e tecelagem), valorizando saberes antigos e evocando histórias coletivas e individuais.

 

Cerrado – Brasília, DF e Goiânia, GO

Parte do grupo Almeida & Dale, apresenta o projeto “Os sertões, entre os centros e os oestes”, com curadoria de Divino Sobral, reunindo obras de artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso.

 

 

Galeria Karandash – Maceió, AL

Promove diálogos entre arte contemporânea e “arte popular”. Nesta edição, apresenta obras de artistas jovens como Ailton (que trabalha com pintura sobre suportes inusitados, como pedaços de barcos e flandres) e Dalton Costa (que produz com materiais achados e adquiridos nas margens do Rio São Francisco), ao lado de nomes conhecidos como Antônio Poteiro e Roxinha Lisboa.

 

Amparo 60 – Recife, PE

Pioneira no mercado da arte no Nordeste, apresenta o projeto “Campos”, proposto pela curadora Ariana Nuala que reúne trabalhos de nove artistas, alguns representados e outros convidados.

 

Garrido Galeria – Recife, PE

Apresenta “Guia de Campo” –  individual do artista pernambucano Heitor Dutra. Com curadoria de Guilherme Moraes, reúne 30 pinturas que exploram a fauna e flora nacionais “em ambientes arbitrários e inverossímeis”.  

 

Cave Galeria – Fortaleza, CE

Participante mais nova da feira – a casa acaba de completar um ano de funcionamento, apresenta uma seleção de obras de quatro artistas que se relacionam com temas oníricos, a partir da curadoria de Lucas Dilacerda.

 

 

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ESQUENTA

A feira acontece apenas uma semana antes da 36ª Bienal de São Paulo. Então, quem está ansioso ou curioso, pode visitar os estandes com artistas que estarão na Bienal.

 

Almeida & Dale

Exibe obras de Heitor dos Prazeres, Lidia Lisbôa, Rebeca Carapiá, Marlene Almeida e Maxwell Alexandre. Para saber mais sobre estes artistas, veja nosso especial aqui.

 

 

Portas Vilaseca

Apresenta Nádia Taquary (1967), com um conjunto de obras que expande sua pesquisa sobre a ressignificação da joalheria afro-brasileira como arquivo de resistência e poder.

 

Mendes Wood DM

Apresenta Maria Auxiliadora (1935-1974): artista autodidata que conquistou reconhecimento internacional com pinturas de cenas da vida urbana em comunidades da cidade de São Paulo, com destaque para religiões afro-brasileiras e festas populares.

 

 

Cerrado

Apresenta Gervane de Paula (1961), que explora o pantanal mato-grossense e a violência do agronegócio por meio da pintura.

 

Mitre

Apresenta Manauara Clandestina (1992): seu trabalho dialoga com novas perspectivas da vida travesti e questiona as condições das existências que as permeiam.

 

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Por fim, como a estrutura da feira é mais compacta, vale à pena se programar para participar de algumas conversas no PALCO SP-ARTE. 

O programa apresenta diálogos informais entre artistas, curadores, colecionadores e agentes culturais, nacionais e internacionais. Elas não serão gravadas. Então, a oportunidade de assisti-las é totalmente presencial. Selecionamos uma conversa para cada um dos três dias de programação. 

 

 

Dia 28 de agosto, quinta-feira, às 18h

Como nasce um museu: a chegada do Museu Vassouras, com Catarina Duncan, diretora artística do museu, e Laura Rago, curadora e jornalista

 

Dia 29 de agosto, sexta-feira, às 15h

Latin American Art in a Global Context, com Vivian Crockett, curadora do New Museum of Contemporary Art, Eugenio Viola, diretor artístico do MAM Bogotá e curador da 24a Bienal de Arte Paiz 2025, na Guatemala, Larry Ossei-Mensah, curador e co-fundador da ArtNoir, e Margot Norton, curadora chefe da Berkeley Art Museum and Pacific Film Archive.

 

Dia 30 de agosto, sábado, às 16h

Arte popular: como colecionar, com Edmar Pinto Costa, colecionador e pesquisador, e Alexandre Martins Fontes, editor e presidente da Associação Nacional de Livrarias, mediado por Amanda Tavares, curadora e pesquisadora.

 

 

Serviço
SP-Arte Rotas 2025
27–31 agosto
Localização: ARCA
Av. Manuel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP
Horários
27 de agosto: apenas convidados
28 de agosto: 13h às 20h
29 e 30 de agosto: 12h às 20h
31 de agosto: 12h às 19h
Ingressos: R$100 (inteira) / R$50 (meia)